23.7.14

BENTO GONÇALVES - Mais umas coisinhas

O portal de entrada de Bento Gonçalves tem o formato de um barril de vinho estilizado, e é chamado apropriadamente de Pipa Pórtico. Bem ao lado há um Posto de Informações Turísticas da Cidade.

O pórtico de entrada em formato de barril
Pouco antes de chegar ao pórtico, ainda na estrada, fica um restaurante típico italiano bem famoso na região, chamado Canta Maria. Você vai logo perceber que os pratos italianos mais característicos da região são o Galeto ao Primo Canto com polenta, o Tortéi (uma massa tipo ravióli com recheio adocicado de abóbora) e a Sopa de Capeletti.
Galeto ao primo canto com polenta e tortéi no Canta Maria
 A região mais nova da cidade, em que a vida noturna é mais animada, fica nas cercanias da Av. Herny Hugo Dreher, no bairro de São Bento. Ao final desta rua fica uma bonita praça (Praça Achyles Mincarone) onde está localizada a Igreja de São Bento. Esta igreja, também em formato de barril de vinho, foi edificada como uma homenagem aos imigrantes italianos. Por fora não é tão perceptível, mas por dentro a igreja é extremamente colorida, pois praticamente toda sua parede é coberta por vitrais. Vários detalhes da igreja remetem à vitivinicultura, e os bancos têm uvas esculpidas em sua madeira. A praça também abriga um bonito monumento representando o trabalho dos imigrantes.

Igreja de São Bento, cujos detalhes remetem à vitivinicultura

Monumento aos imigrantes italianos da região
Alugamos um carro novamente num outro dia para fazer mais passeios. Pegamos a estrada do Vale dos Vinhedos (RS-444) e fomos adiante para visitar duas cidadezinhas, bem pouco turísticas: Monte Belo do Sul e Santa Tereza.
O cartão postal de Monte Belo do Sul é a Igreja Matriz São Francisco de Assis, de 1889. Pensamos em almoçar no Ristorante Nonna Metilde, típico italiano local, mas infelizmente o restaurante fecha às segundas-feiras (Funciona de terça à sexta-feira, das 11h30 às 14h).

Igreja Matriz da cidade de Monte Belo do Sul

Em seguida fomos até Santa Tereza. Encravada no meio das montanhas (uma boa subida pela estrada), a pequena e silenciosa cidade parece parte de um sonho. Não vimos quase ninguém nas ruas em uma tarde nublada de meio de semana. E nenhum estabelecimento aberto. Parecia um pouco uma cidade fantasma. Mas foi interessante visitar, é uma cidadezinha pitoresca em uma locação belíssima.
  
A pracinha da cidade em meio às montanhas

A torre dá uma atmosfera europeia à cidade, assim como o clima

Como o almoço no Nonna Metilde não deu certo, neste ponto a fome estava rugindo. Decidimos parar no primeiro restaurante que aparecesse na estrada. Já de volta ao trecho do Vale dos Vinhedos, vimos o Sbornea’s (sem website, facebook inativo). Apesar do nome estranho, entramos... a escolha não poderia ter sido melhor. Delicioso galeto com polenta, mais espaguete à bolonhesa. Quando o prato de macarrão é trazido à mesa, você pensa “Não vou aguentar tudo isso”; mas depois, é tão gostoso que é impossível deixar qualquer coisa no prato.

A última parada foi em uma vinícola linda, a Cave de Pedra, cujas caves foram construídas em pedra basalto, e a arquitetura toda remete a um castelo medieval. A edificação é muito bonita e a estrutura para receber turistas também muito bem organizada. Vale a visita! 

20.7.14

BENTO GONÇALVES - Tour Vinícola Salton e Vale das Antas

Nosso último tour foi o chamado “Vale das Antas”, que eu novamente fiz através da agência Vale das Vinhas. Como éramos apenas duas pessoas, foi um tour particular, levados pelo guia em um carro de passeio. O senhor Rafael, que nos acompanhou, era morador do lugar, e havia trabalhado muitos anos como motorista para a família Salton, o que enriqueceu demais nosso passeio, pois ele tinha mil ‘causos’ para contar. 

A primeira parada foi na Vinícola Salton, que em 2004 se transferiu para esta sede lindíssima no distrito de Tuiuty, na área rural de Bento Gonçalves. Fundada em 1910, até então a sede da empresa ficava na área urbana, no centro da cidade. 
 

A moderna linha de produção da Salton
A Salton é uma das maiores vinícolas brasileiras, e a visita vale a pena. Dá orgulho ver a tecnologia e o profissionalismo da empresa. E também a estrutura montada para receber o visitante. Toda a área de produção recebeu passarelas aéreas para permitir que os turistas observem todos o processo da linha de produção.
 

Parte das enormes caves da Vinícola Salton
Para quem quer ir por conta própria, o endereço é:
R. Mario Salton, 300 – Distrito de Tuiuty
Horário de atendimento:
De 2º a 6º das 9h às 16h
Sábados das 9h30 às 16h30
Domingos e feriados das 11h30 às 15h30
 As visitações são realizadas de hora em hora, com duração média de 45min.

Cachaçaria Casa Bucco, no Vale das Antas
A próxima parada foi na Cachaçaria Casa Bucco, que faz cachaças artesanais com um tipo bastante diferenciado de cana-de-açúcar,  produzida em um microclima de região de montanha com invernos bem marcados. As cachaças aí produzidas têm vários certificados e vêm obtendo ótimas colocações em concursos de destilados realizados no Brasil. O local ainda abriga uma pequena pousada e restaurante, onde o prato clássico é o Leitão no Rolete. 

Vista do Rio das Antas e a ponte que o cruza
A cachaçaria é bem próxima desta ponte da foto acima, que passa por sobre o Rio das Antas. A paisagem é belíssima. No retorno paramos em uma daquelas paradas simples de estrada, mas com uma proposta curiosíssima. Você pega uma travessa enorme com frios e queijos e pesa. Senta com seus amigos, come à vontade, toma sua cervejinha, e ao sair, pesa novamente quanto restou na travessa. O local cobra então um valor proporcional ao peso consumido. Como estávamos apenas em dois, e era apenas uma paradinha rápida durante o tour, pedimos um pratinho simples de queijo e salame. Mesmo assim, foi delicioso, ainda mais com esta linda vista do Vale das Antas ao fundo.

Paradinha para degustar produtos típicos da região



18.7.14

BENTO GONÇALVES - Tour Caminhos de Pedra

Este tour busca resgatar a herança cultural italiana. É uma região rural da cidade onde se mantiveram, ou foram recuperadas, casas originais dos colonos, em que geralmente a parte inferior da construção era feita de pedra e a parte superior de alvenaria. Citando o trabalho do arquiteto e urbanista local Marcelo Damazzini, "o roteiro Caminhos de Pedra é pioneiro no Brasil no segmento, referência nacional e internacional. Foi tema de muitos estudos e teses sobre turismo cultural e rural, arquitetura, patrimônio histórico, empreendedorismo e administração". Em julho de 2014 o preço do tour está por volta de R$ 85 por pessoa. Novamente eu fiz este tour com a agência Vale das Vinhas. Caso você tenha disponibilidade para ir de carro, existem muitos outros pontos para visita e apreciação. O roteiro é muito bem elaborado, bom exemplo de organização turística. O site do roteiro, com todas as dicas, também é excelente:  www.caminhosdepedra.org.br/pt/index.php



Pão saindo do forno na Strapazzon
Um dos lugares visitados foi a Cantina Strapazzon, locação do filme “O Quatrilho”.  A cantina produz vinho tradicional artesanalmente e sucos de uvas, que podem ser degustados durante a visita. Uma pequena construção em frente serve de lojinha, vendendo os sucos, doces, queijos e, o mais interessante, pão caseiro feito na hora. Muitas vezes você vê o pão ser retirado do forno de pedra, e pode comprá-lo ainda quentinho. Uma delícia.
 

Ovelhinhas em um momento de descanso após o pastoreio


Outra parada gostosa do tour é na Casa da Ovelha. É o tipo de lugar que dá gosto e orgulho de ver, pela seriedade e empreendedorismo. Você assiste a um curto vídeo contando um pouco sobre as atividades e degusta alguns dos produtos feitos com leite de ovelha (queijos e doce de leite, todos sem lactose) e depois visita o pasto onde são criadas as ovelhas. Monitores acompanham o grupo explicando tudo sobre a criação, mas o mais interessante é ver o pastoreio das ovelhas, feitas com um fofíssimo cão da raça Border Collie. Conforme o dia e o horário, pode ver amamentação de filhotes, tosquia ou ordenha. É imperdível para crianças.

A lojinha é um encanto. Além de vender os produtos feitos com derivados de leite de ovelha, tem diversos produtos relacionados, como cremes de beleza feitos com leite de ovelha, pantufas e tapetes feitos com peles de ovelha, mas o mais fofo são camisetas, chaveiros, pelúcias, tudo com o tema ‘ovelha’. Foi uma das poucas vezes que vi no Brasil uma coisa tão profissional, juntando ao mesmo tempo, de modo bem organizado e inteligente, a visita turística, uma produção industrial, e a exploração comercial (bem feita e simpática) de um tema. Vale bastante a visita. Iniciativa a se admirar e copiar em outras regiões do país.


Casa da Erva Mate e a roda d'água


A Casa da Erva-Mate é similar, mas menos produzida. Atualmente faz a produção do mate, mas o local mantém um pequeno museu em que se pode ver o funcionamento dos equipamentos utilizados para o processamento do mate no início do século XX, movidos por roda d'água. Ao final da visita há degustação de mate, e existe um pequeno varejo.


Lateral da Casa de Pedra
Visitamos apenas o exterior da Casa de Pedra, mas caso você esteja de carro, pode parar para almoçar, pois o lugar abriga um restaurante de comida italiana, com massas artesanais e carnes. A casa é um dos exemplares mais rústicos e que melhor conservam a arquitetura dos primeiros tempos da imigração.  

14.7.14

BENTO GONÇALVES - Passeio de carro

Decidimos passear um pouco por conta própria, alugando um carro na Exclusiva (como detalhei neste post) para sair um pouco de Bento Gonçalves.

Primeiro fomos conhecer o varejo da Tramontina, tão falado pelas agências de turismo (faz parte de vários pacotes). Fica na cidade de Carlos Barbosa, a uns 20 km de Bento Gonçalves pela RS 470. Bom, meu pai que é contumaz consumidor, e vive pesquisando preços de panelas e quetais, não achou que os preços valessem a pena. Preciso testemunhar que vi ônibus chegando com senhoras da terceira idade animadíssimas que pegaram cestinhas crentes que iam enchê-las, e pouco a pouco as vi largando as cestas nos cantos. A menos que haja alguma promoção especial, não vale muito a pena.

Área externa da Vinícola Garibaldi
Retornamos então para a cidade de Garibaldi, a uns 13 km de Bento. A região de Garibaldi é famosa pela produção de vinhos espumantes. Existe na região a chamada “Rota dos Espumantes”. Fomos visitar as vinícolas mais famosas, a Garibaldi e a Peterlongo. Esta última pareceu bem caída, tipo um castelo mal-assombrado. A Vinícola Garibaldi é mais animada, fica em uma avenida central, mas pareceu bastante popularesca. De modo geral não passaram a impressão de profissionalismo que tivemos nas vinícolas em Bento Gonçalves.



Entrada da Vinícola Chandon
Em seguida fomos conhecer a Chandon, na saída da cidade, já na estrada rumo a Bento Gonçalves. Aqui sim, verifica-se o profissionalismo em tudo. As instalações são de primeira linha, as visitas são gratuitas e incluem degustação de todos os espumantes produzidos pela empresa (6 tipos, desde o mais suave até o brut). A visita à produção é rápida mas bastante instrutiva. Os espumantes são feitos pelo método charmat, e é possível ver a fermentação em um dos toneis de aço. Veja neste link todos os detalhes para fazer sua visita.


A belíssima área externa da Vinícola Chandon
Já próximo à entrada principal de Bento Gonçalves fica o Vale dos Vinhedos (RS 440, com placas de indicação na estrada). Boa parte das vinícolas para visitação fica ao longo desta rota, mas também estão localizados aí restaurantes, lojas de artesanatos e outras distrações. Veja neste link os roteiros do Vale dos Vinhedos; clique em Mapa Interativo para visualizar todas as atrações.



Aproveitamos que estávamos de carro para ir até uma das mais ‘distantes’, a Biscotteria Itallini. Não tenho fotos, pois é apenas uma salinha de atendimento ao lado dos fornos em que deliciosos biscoitos são assados. Mas as meninas são super simpáticas e oferecem amostras de todos para que você experimente e decida quais quer.

Atores contam a epopeia dos italianos que imigraram para a região

Por fim, já de volta à cidade de Bento, fomos na tão falada Epopeia Italiana. Chamado pelos organizadores de “Parque Temático”, é um cenário que simula o percurso dos italianos que imigraram para a região, desde sua vida na Itália, a partida para o Brasil, a chegada ao lugar inóspito, o trabalho na lavoura... tudo isto narrado e encenado por atores, para que os visitantes ‘revivam’ este momento histórico. Ao final do percurso, em uma sala em que há uma interessante exposição de lindos acordeões centenários, os visitantes recebem uma tacinha de vinho (ou suco de uva) e biscoitos típicos italianos. É interessante, mas dá pra passar sem.



Degustação de polenta ao final da visita




12.7.14

BENTO GONÇALVES - Tour Vinícolas

Nosso primeiro passeio em Bento Gonçalves foi um tour organizado pelas vinícolas do Vale dos Vinhedos. É interessante fazer um tour destes para conhecer a região, mas também para degustar vinhos à vontade. Se você vai de carro, alguém tem que se abster de experimentar os vinhos...

Fizemos o tour chamado “Enoturismo no Vale dos Vinhedos”, que é um passeio de dia inteiro oferecido por várias das operadoras de turismo receptivo na cidade. Fizemos pela Vale das Vinhas, pois ficava localizada dentro do hotel em que estávamos, o Vinocap, mas outras agências oferecem passeio igual. Em julho/2014 o valor está por volta de R$ 120,00 por pessoa, e não inclui almoço. As agências precisam de no mínimo duas pessoas para realizar o passeio, então se você der sorte, por ex. em um dia de semana, pode fazer um tour exclusivo, apenas você e seu acompanhante.


Sala de vendas e degustação na Casa Valduga
 
A primeira vinícola que visitamos foi a Casa Valduga – ao longo do passeio você descobre que várias outras vinícolas pequenas da região são de membros da família Valduga. A Casa Valduga é uma vinícola de bom porte que tem diversas linhas de vinhos e produz espumantes pelo método champenoise. Pagamos R$20 pela visita com degustação, mas ao final ganhamos uma taça personalizada lindíssima, que custaria mais do que os R$20 pagos.

Em seguida conhecemos a loja de uma pequena vinícola chamada Dom Cândido, onde o próprio, um simpático senhor de origem italiana, nos recebeu pessoalmente com toda simpatia. Também ele é da família Valduga.

Paramos alguns minutos na Casa de Madeira - também ligada à família Valduga - que produz azeite balsâmico, sucos de uva e geléias, que são encontráveis em vários supermercados e padarias em São Paulo.

Área externa da vinícola Miolo, e o hotel Caudalie ao fundo, onde fica o 'Spa do Vinho'

Conhecemos também a vinícola Miolo, uma das grandes da região. Aqui já havia um grupo de pessoas que fez a visita junto conosco, mas ainda assim um grupo pequeno. Tivemos uma pequena explicação sobre os diferentes tipos de uvas viníferas – há amostras das parreiras logo na entrada, visitamos a linha de produção e as caves, e finalizamos com uma instrutiva degustação. A Miolo cobra R$ 15 pela visita e degustação, e você pode usar R$7,50 deste valor na compra de produtos ao final da visita.
 
Caves da Vinícola Miolo

Como estávamos sozinhos com o guia no tour, ele nos ofereceu para parar na Queijaria Valbrenta, um delicioso armazém vendendo queijos, salames de tipo italiano, além de vários outros doces típicos brasileiros.

Queijaria Valbrenta, no Vale dos Vinhedos
 
Por fim, visitamos a Torcello, uma pequena vinícola artesanal, com produção de espumantes bastante reduzida, mas de ótima qualidade. Aqui, a sala de degustação e venda da produção é no mesmo galpão em que ficam os tonéis onde a bebida repousa. Depois de visitar grandes linhas de produção, é gostoso ver que ainda existem estas pequenas produções, feitas cuidadosamente por apaixonados pela bebida.

Tonéis da vinícola Torcello
 

9.7.14

BENTO GONÇALVES - Informações Práticas

Bento Gonçalves fica a cerca de 120km de Porto Alegre, na Serra Gaúcha. O grande atrativo da cidade, e da região próxima, são as vinícolas que tornaram a cidade o principal destino enogastronômico do Brasil. Região de forte colonização italiana, a Serra Gaúcha tem plantações de uvas desde o final do século XIX.

No entanto, a partir dos anos 1990 muitas destas vinícolas passam a se dedicar exclusivamente à plantação de uvas de castas nobres (vitis vinífera) e buscam aprimorar sua produção de vinhos finos; as empresas familiares se profissionalizam, contratando e formando renomados enólogos, assim obtendo resultados cada vez melhores na qualidade de seus vinhos. O curso de Tecnólogo em Enologia oferecido pelo Instituto Federal do Rio Grande do Sul na cidade é bastante renomado, e forma mão de obra qualificada para as vinícolas da região.

Ou seja, é um destino muito interessante, principalmente para quem aprecia vinhos e comer bem!
 

A fonte de vinho (ao invés de água) na Via del Vino, na rua principal de Bento Gonçalves

Se você chegar no Aeroporto Salgado Filho de Porto Alegre e não quiser alugar um carro para fazer o trajeto até a cidade dirigindo, pode contratar um transfer sugerido por seu hotel. O valor do transfer gira em torno de R$ 250,00. Descobri uma alternativa bastante interessante: a locadora de automóveis Exclusiva faz o transfer por um valor mais interessante se você reservar um carro com eles para um outro dia de passeio (Vale super a pena!) Loquei um veículo dois dias com eles para rodar pela cidade e entorno, e paguei um valor bem mais em conta no transfer para a volta.

HOTEL ESCOLHIDO:
Hotel Vinocap
R. Barão do Rio Branco, 245
www.vinocap.com.br
Diária para quarto duplo: por volta de R$ 250,00

Novamente eu me preocupei mais com a localização. A região conta com muitos bons hotéis, mas muitos deles afastados, ideais para viagens românticas ou lua-de-mel (por ex. hotéis ligados às vinícolas, dentro das propriedades), mas eu busquei um hotel no centro, próximo ao comércio, lojas, alguns restaurantes e ao pequeno shopping center da cidade, com opções para refeições rápidas e até um bom supermercado.
O turismo na cidade é bem organizado e existem várias rotas turísticas desenvolvidas pela Secretaria de Turismo local. Várias agências de receptivo organizam passeios através destas rotas. Para maiores informações, o site Turismo Bento é bastante útil e completo. Nos próximos posts vou contar um pouco dos passeios e degustações.

As hortênsias estão por toda parte em Bento Gonçalves no verão

  


5.7.14

SANTIAGO DE COMPOSTELA - Bate e volta a partir do Porto

Quando você olha a cidade do Porto no mapa de Portugal, é impossível não ver, pouco acima, já na Espanha, a famosa cidade de Santiago de Compostela.

Aí você pensa: qual a possibilidade de eu fazer uma peregrinação até Santiago de Compostela? Realisticamente, zero... Será que não tem um jeito de ir até lá desde a cidade do Porto? É tão pertinho... Bom, tem um jeito sim...

Não é o bate e volta tradicional. O melhor meio de transporte é de ônibus. Quem faz o percurso é a Internorte. (Clique aqui para ver os pontos de venda de bilhetes da Internorte na cidade do Porto. Quando consultei o site, em julho/2014, a página de consulta/reserva de passagens não estava funcionando e não dava resultados...)

O ônibus é bem confortável e sai às 9h30 do Porto e a viagem leva cerca de 3 horas. A paisagem é bem bonita; logo você está em terras espanholas. O único ‘problema’ é que a Espanha está em um fuso horário diferente de Portugal, então quando você chega em Santiago já são 13h.

Saem ônibus de volta às 17h15 e às sextas e domingos às 22h (assim vc tem um pouco mais de tempo para curtir a cidade). Você chega de volta no Porto meia-noite (agora a diferença no fuso trabalha a seu favor...)
 
Jardim nas redondezas da Catedral

Quando chegamos na cidade estava chovendo bem. Embora eu soubesse que havia transporte público até o centro da cidade, mais especificamente até a Catedral, resolvi não perder tempo e tomar um taxi para chegar onde interessava.

Dentro do taxi comecei a rir: tanta gente percorre um longo caminho a pé, eu cheguei de taxi na porta da igreja. Mas pensando por outro lado, foi uma longa viagem também... avião, ônibus, outro ônibus, taxi... rsrsrs. O que importa é chegar.


Placa de rua escrita em galego, a língua local
Boa parte da ‘graça’ da cidade de Santiago é que ela fica na região da Espanha chamada Galícia, onde se fala o galego. Podemos ver como a língua é próxima do português, pois muitas placas nos parecem familiares.


Vista geral da Catedral de Santiago de Compostela, o destino final da sua ‘peregrinação’
 Mesmo para quem não é católica de carteirinha (meu caso), é um passeio que vale a pena, interessante para conhecer um lugar tão simbólico, com tantas histórias, mitos, e seguramente, tanta energia.
 


O Botafumero
 
Uma das características mais marcantes da catedral é o chamado 'botafumero', um enorme incensário de 1,60m, preso por longas correntes, que é balançado para frente e para trás em algumas das missas, aspergindo os fiéis. Diz-se que o costume começou porque o grande número de peregrinos que chegavam após semanas de caminhada sem higiene adequada tornava o odor dentro da igreja insuportável... 





O magnífico e ultra dourado altar da catedral traz uma imagem de Santiago (bem estranha, por sinal). Uma das tradições dos visitantes da igreja é 'passar por trás' desta imagem, literalmente. Há uma escadinha na lateral do altar que permite que você passe praticamente por dentro do altar, exatamente atrás da imagem, que você pode ver melhor na foto abaixo (exceto durante as missas).



 

2.7.14

LISBOA - Castelo de São Jorge


Além de ser um ponto turístico tradicional de Lisboa, o Castelo de São Jorge oferece maravilhosas vistas de toda a cidade, do Rio Tejo e além. Vale bastante a visita, principalmente nos dias de verão, em que o Castelo fica aberto até as 21h, pois o dia ainda está claro neste horário.

Para nós brasileiros que sempre lemos sobre Portugal em nossos livros de história, é super interessante ver esta história pessoalmente. O local ocupado pelo castelo tem sinais de ocupação desde o séc XII, e vários achados arqueológicos no local contam esta antiga história. Dá para entender porque o local foi escolhido para um castelo: tem-se uma visão a quilômetros de distância, da cidade, do Rio Tejo, e boa parte da planície no lado oposto do Tejo. Ou seja, se algum inimigo estivesse se aproximando, seria avistado com muita antecedência.


São Jorge abençoando a entrada de seu Castelo
Os jardins do Castelo são agradabilíssimos para um passeio em uma agradável tarde de verão, e também há um café no local.

O bairro no entorno chama-se, apropriadamente, Castelo. É o bairro original da cidade de Lisboa, com muitas casas ainda com evidências de suas origens medievais, em meio a becos sinuosos e escadarias para vencer as íngremes subidas. É região com bastante bares e restaurantes típicos.
 
Rua típica no bairro do Castelo, bem pertinho do próprio

Como chegar:
Embora os elétricos (bondes) 12 e 28 passem próximos ao Castelo, pedem uma bela de uma subida até o portão de entrada. O único autocarro (ônibus) que chega até a porta do Castelo é o 737, que sai da Praça da Figueira, no centro (praticamente ao lado da Praça do Rossio) e vai diretamente ao Castelo, com poucas paradas. Ver informações detalhadas sobre a linha em http://www.carris.pt/pt/autocarro/737/ascendente/


Vista do Castelo de São Jorge a partir da Praça da Figueira, com o ônibus 737 à direita

Ingresso:
Normal: € 7,50
Família (2 Adultos e 2 crianças menores de  18 anos):  € 16,00
Pessoas com deficiência: € 4,00
Sénior (acima de 65 anos): € 4,00

Horário de Funcionamento:
Aberto diariamente
de 1/Nov a 28/Fev das 9h00 às 18h00; de 01/Mar a 31/Out das 9h00 às 21h00

Site do castelo: www.castelodesaojorge.pt